segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

FGV

1) O que fazer para passar no vestibular da FGV?
a) Fumar maconha.
b) Fazer um curso superior em Matemática.
c) Saber a história da África, América Pré-Colombiana com detalhes.
d) Saber que furacões ocorrem nos meses de verão e têm sua origem relacionada ao aquecimento das águas do mar em áreas do hemisfério Norte.
e) Todas as anteriores + 5 doses de absinto.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Reflexões de uma estudante

Veio-me à tona, há algum tempo, uma indubitável verdade. Faltam 18 dias para o tal do vestibular, um pouco menos pra quem quer Unicamp (o que não é o meu caso).
Ano passado tive essa experiência, mas, com certeza, treineiro não sabe nem um terço do nervoso que um vestibulando passa nesse maldito ano.
Tudo começa com os professores falando TODOS os dias sobre esse negócio: "O vestibular vai te cobrar isso"; "tem que saber isso pro vestibular"; "quem erra uma questão dessas perde a vaga". Será que em nenhum momento da vida deles passou em suas cabeças que eu e mais infinitas pessoas queremos ir um pouco além do vestibular? Dane-se o que cai só no vestibular. Se ao menos todo conteúdo aprendido no ensino médio servisse para alguma coisa, ótimo. Mas não! Alguém me explica por que eu vou querer aprender química orgânica? O que isso tem a ver com Economia?
Deveriam fazer uma prova de vestibular que cobrasse, além da decoreba de fórmulas, a experiência de vida do aluno! Aí quem sabe poderia-se evitar pessoas inteligentes cuja maturidade é lastimável. Quem sabe, desse jeito, passariam os devidos alunos, e não aqueles que ficam assistindo a novela das 8 e não sabem, nem ao menos, a merda na qual esse país está afundado (nesse ponto eu concordo com os professores).
No dia da prova eu entro em pânico. Só de ver 10000 cabecinhas andando de um lado para o outro, procurando um lugar para sentar e comer, já me faz pensar: nós temos que fazer uma prova durante as próximas 5 horas e nem podemos ter conforto?. Ano passado, antes da Fuvest, eu comi um cachorro-quente, olha que saudável .o/. Ps: pesquisas comprovam que a alimetação do aluno na véspera da prova tem que ser a mais saudável e rica em fibras, o que elimina qualquer coisa que o prejudique . Tá vendo, Pai! A culpa foi do cachorro-quente!
Quando está quase na hora da prova, você vai toda feliz procurar sua sala. No meio do caminho, você cruza com um batalhão de professores do Anglo com aquela camiseta: "VOCÊ É FERA!!!". É obrigada a escutar daquele professor, que sempre pensou que você não fosse capaz nem de acertar 20 testes, a famosa frase: VOCÊ CONSEGUE! ESTOU NA TORCIDA!
Calma, não acabou. Quase perto da sua sala, você vê aquele louco com um sorriso do tamanho do mundo (prova de auto-confiança) e isso faz você pensar: será que ele é meu concorrente?. Assim que vc entra na sala, um colapso lhe atinge quando vc vê um Jãoponeis sentado NA SUA FRENTE. Sabe aqueles que têm monocelha e ficam olhando pros dedos tortos? Um desses aí, com certeza, irá te amedontrar.
Tenho um arrepio só de pensar o que farei com as 90 questões que estarão na minha frente. Elas sussurarão em meu ouvido: DECIFRA-ME OU TE DEVORO (ou te fodo também). Vc começa a fazer e, puft! De cada 20 questões vc coloca um ????? em 19! Esse ???? normalmente indica que vc sabe como fazer e só precisa pensar um pouquinho. Passam as 4 horas de prova e vc estará lá, ainda pensando em como fazer o exercício.
A hora do chute é a mais crucial, lógico. Murphy estará lá, fique tranquilo!
Depois de todo esse sofrimento, vc vem pra casa. Liga correndo o computador para ver o gabarito da prova! O fdp já saiu. Vc começa a conferir desesperadamente! Depois conta quantas vc acertou!
Minha nota de corte é 61, mas, infelizmente, acertei 51 (uma boa idéia.. será que é melhor eu ir pro bar?).
O que será do ano que vem? Cursinho? Outra faculdade porém não a tão sonhada USP?
Sabe, essa coisa de "futuro" sempre me assustou. Mas, acredite, assusta muito mais em ano de vestibular.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Há algum tempo uma amiga minha realmente me surpreendeu. Há tempos não a via, fazia tempo que não conversávamos e finalmente a encontrei.
As primeiras, segundas, terceiras perguntas são sempre as mesmas. Depois de algum tempo de conversa, perguntei como estava a grade dos torneios. Ela me respondeu que havia jogado no final de semana com a menina que ela sempre enfrentava (e perdia).
Cada perda, creio eu, era uma decepção. Todo o esforço, os treinos e a preparação mental, no jogo contra aquela menina, iam por água abaixo.
Por vergonha e para ter alguma desculpa, os joelhos, o ombro, o sol, o vento, a raquete, o tênis sempre eram os culpados... Aliás, quem consegue aceitar a derrota?
Porém, dessa vez, foi diferente. Quando perguntei se ela sabia, finalmente, a principal causa que fez com que ela perdesse mais uma vez, ela me respondeu: "Eu. Eu fiz com que eu perdesse."
Eu, sem acreditar, escutei ela terminar de falar. Ela disse que não tinha capacidade para enfrentar aquela jogadora. Necessitava de mais treinos, mais esforço.
O dia acabou por aí.

Ontem falei com ela. As primeiras, segundas, terceiras perguntas são sempre as mesmas. Depois de algum tempo de conversa, perguntei como estava a grade dos torneios. Ela me respondeu que havia jogado no final de semana com a menina que ela sempre enfrentava (e perdia).
Cada perda, creio eu, era uma decepção. Todo o esforço, os treinos e a preparação mental, contra aquela menina, iam por água abaixo.
Por vergonha e para ter alguma desculpa, os joelhos, o ombro, o sol, o vento, a raquete, o tênis sempre eram os culpados... Aliás, quem consegue aceitar a derrota?
Porém, dessa vez, foi diferente. Escrito com ênfase, presenciei um "GANHEI" em frente aos meus olhos, na tela do computador.
Quando perguntei se ela sabia, finalmente, o que fez com que ela ganhasse, ela me respondeu: os joelhos, o ombro, o sol, o vento, a raquete e o tênis têm culpa de nada.

domingo, 3 de agosto de 2008

Viva a ignorância!

Meus amigos, vamos deixar de hipocrisia, vamos louvar a ignorância. É só por uns dois minutinhos, o tempo de ler este texto. Porque é a ignorância que nos sustenta e não a inteligência, a delicadeza e toda a nossa lista de bons sentimentos. Quando foi que você atravessou a rua e deu de cara com uma passeata pedindo mais escolas? Não, a gente vai pra rua pedir segurança e bota grade e cerca elétrica na porta de casa. E qual é o lugar mais superlotado do país? Os motéis? Não, as cadeias! Amor? Amor é muito bom pra vender cerveja, roupa e automóvel. Mas no dia-a-dia, meu amor, a gente vai mesmo é de ódio.
No trabalho, por exemplo: o chefão pisa no chefe que esmurra o chefinho que morde o assessor que soca o assistente que cospe na secretária que belisca o office-boy que vai pra casa e dá um bico no cachorro. Ou, se ele for um sujeito de sorte, pisa na mulher que esmurra o filho que morde.
Sinto muito, meus amigos, mas é a ignorância que move o mundo. O que mais se vende neste planeta? Flores? Poemas? Bombons Rêve d'Amour? Não, é arma mesmo. E você já viu fábrica de arma fazendo liquidação de verão? Não precisa, porque desde que o mundo é mundo eu faço o arco e flecha, tu constróis a catapulta, ele cria o revólver, nós inventamos o tanque, vós idealizais o bombardeio aéreo, eles concebem a bomba atômica.
Por isso, meus amigos, vamos levantar um brinde à violência, pedir duas salvas de palmas ao preconceito e dar três hip-hurras à escravidão que continua espalhada pelos quatro cantos da Terra. São os frutos da nossa ignorância, que seguimos plantando com o suor do rosto alheio.
Pronto! Agora podemos esquecer isso tudo e voltar a ser gente boa e cristã, que tem fé no ser humano e nunca vai ensinar pro filho que ele tem que ser melhor do que todo o mundo e que não basta descobrir a pólvora, tem que atirar primeiro.
Nós? Nunca!

[Cesar Cardoso - Revista Caros Amigos Maio/2008]

sábado, 2 de agosto de 2008

Pensamentos aleatórios. A sua confusão ao ler o texto é normal.

Quase todos os dias as pessoas viram pra mim e perguntam "Mas porque você é vegetariana? São os animais? A saúde? O que?" e normalmente eu respondo "Você tem certeza que quer saber?"
Tem muita gente que gosta de falar dos seus respectivos pontos de vista e etc..não estou dizendo que não gosto, mas sempre que eu começo a falar minha opinião alguém que não concorda resolve falar "aii, não tem nada a ver!" ou "noossssaaaa, mais que ridículo..você pensa assim?" com total desprezo! Porque as pessoas não podem respeitar o que eu penso? Eu sinceramente AMO debates, mas, cá entre nós, tem muita gente que não consegue conversar civilizadamente.
O que isso tem a ver com o fato de eu não comer carne? Bom, não devia ter nada, mas certos onívoros já falaram por mim (ou por minhas costas) que é MINHA decisão é ridícula! Quem somos nós pra falar o que é certo e o que é errado quando o assunto é o que o outro indivíduo pensa? Tem certas coisas que são subjetivas! Você não sabe o que a pessoa pensa pra chegar em tal conclusão! Mais certamente deve ter pensado em algo concreto, não? Porque a pessoa não pode falar "ah, eu não conseguiria e nem quero tentar, pois EU não concordo com isso." e começar uma conversa saudável? Agora, sempre que possível, eu tento omitir essa minha pequena característica, pois eu sei que a pessoa vai sentar uma porrada de perguntas e julgamentos pra cima de mim (sem querer generalizar) se eu abrir a boca. 
A minha opção alimentar é só um exemplo dessa falta de respeito! Eu era desse jeito, eu tinha o costume de achar que eu era a dona da palavra, mas são incontáveis as vezes que eu pensei comigo mesma "mais não é que ela tem razão?"
Abordando um assunto totalmente diferente agora. Aborto. Eu sou a favor no momento! O governo do Brasil nunca será por causa da nossa querida Igreja Católica com seus milhares de seguidores no Brasil. Você acha que algum político seria josé o suficiente para legalizar tal "morte", "agressão a vida"? Mas é claro que não! Os eleitores seguidores dessa tal religião com certeza não votariam numa pessoa com tamanho mal coração...
Pode ter parecido nesse parágrafo acima que eu estou criticando as pessoas que são contras o aborto..isso não é verdade! Seria hipocrisia da minha parte...foi só apenas (que redundante foi isso. haha) um desabafo contra nosso sistema que não permite mais nada fora do padrão desse mundo. Não estou xingando os nossos políticos também, pois se eu estivesse na mesma posição que eles talvez eu não tomasse o que eu considero uma atitude "legal". Eu sou uma outsider e minha opinião é apenas uma variável dependendo da minha posição em um certo caso.
Será que uma pessoa a favor da vida não mudaria de idéia em relação ao aborto se sua filha estivesse grávida de um cara que a forçou?
Tudo isso depende da covardia e egoísmo da pessoa, que por detalhe todos tem.
Mas vai dizer que não seria um tanto irônico?
Não sei porque as pessoas não entendem porque eu menciono tanto a hipocrisia do ser humano!
E o meu objetivo com esse post? Só esvaziar minha mente...eu tenho o terrível costume de pensar muito e esquecer tudo depois.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Às vezes fico pensando nas pessoas. Não elas como um vaso, e sim como a flor que está alí plantada.
A cor não interessa, o cheiro muito menos. O que realmente importa é o que se passa por dentro de suas raízes espessas e suas flores reluzentes.
"As aparências enganam" - é triste usar um clichê do tipo profile de orkut, mas, com certeza, ele não está errado. A magnífica flor bela, cheirosa, charmosa e harmoniosa é a mesma que possui espinhos. E, quando tocada, te fere. Se isso acontece, ficamos furiosos por termos sido atingidos. Culpamos a flor e a maltratamos.
Claro, quem vai querer a culpa para si?
Agora, pergunto-lhe: Quem foi que disse que a flor queria ser tocada?
Elas têm espinhos e tais somente cumprem a sua função, afastar o toque. Creio que isso é por medo. Medo de entregar-se e ser superficial; medo da liberdade concedida a quem não é digno desta. Não sei avaliar concretamente esses temores, mas algum motivo eles têm.
Queremos, na maioria esmagadora das hipóteses, ter razão naquilo que não existe consciência.
Você, assustado, afasta-se da flor e nunca mais tenta tocá-la. Como um animal burro e sentimental, fica entristecido com a hostilidade da flor. E, mais uma vez, esquece que a flor também se machuca por perder um espinho, o qual foi parar não sua mão que a tocou.
É difícil, para a flor, aguentar os momentos que decorrem na sua vida, assim como também é difícil levarmos espinhaços por gostarmos muito da qual julgamos, raivosamente, culpada.
Não tentamos o perdão, temos medo de nos ferirmos outra vez. Será que vale a pena perdoar? Os perdões são concedidos a quem não os merecem, entristeço ao saber disso.
Não existe razão, não existe certo ou errado.
Às vezes fico pensando nas pessoas. Não elas como um simples vaso, e sim como a flor que está alí plantada.

sábado, 3 de maio de 2008

Às vezes fico inconformada

Às vezes fico inconformada...
Outro dia bateu-me um desses desgostos quando eu estava lendo a revista Veja...
Uma propaganda mostrava que os idosos têm sei lá quanto % de desconto nos hotéis quando forem viajar...
Achei ótimo... Nossos ministros se preocupam em dar descontos àqueles que viajam, sendo que 100% daqueles que não desfrutam de tal benesse morrem na fila do SUS.

Belo projeto!

domingo, 27 de abril de 2008

Literalmente, literalmente...

Por que as pessoas gostam tanto de usar essa palavra? Não que ela não seja legal, ou adequada a certas situações... Até soa bem aos nossos ouvidos, não é mesmo? Nos traz uma certa sensação de sofisticação...
Porém, devemos estar ciente do que falamos... Já vi por aí o "literalmente" empregado de tantas formas absurdas!
Estávamos no carro, ouvindo ao jogo de futsal no rádio, e o locutor, muuuuito infeliz, diz: "Nossa, os argentinos estão literalmente botando fogo na partida!"
O pior de tudo não foi isso, mas sim ele ter ficado repetindo isso durante uns cinco minutos, como se ele tivesse achado muito lindo usar a palavra naquele contexto. E eu fiquei imaginando os argentinos com uma caixa de fósforos na mão, queimando as paredes do estádio.. sei lá, né?
É muito comum também ver coisas no orkut com a palavra literalmente. Há em vários albuns alheios, geralmente em alguma foto de duas amigas inseparáveis, a seguinte descrição: "Literalmente irmãs!"
Sabe, eu admiro mesmo amizades tão fortes quanto essas, mas o emprego da palavra nesse caso não deixa de estar errado... Eu poderia colocar essa legenda em alguma foto com a minha irmã, e daí seria transmitida a idéia de que nós, além de irmãs consanguíneas, somos também irmãs no sentido de amizade... Mas no caso das duas amigas, por mais que elas queiram, elas NÃO são literalmente irmãs...
Até existia uma comunidade no orkut: "Literalmente fudidos." Haja coragem para assumir uma coisa dessas por meio de uma comunidade, não? O pior de tudo é que havia vários membros homens, aparentemente heterossexuais... E hoje infelizmente a comunidade não existe mais para que eu possa mostrá-la aqui... Creio que alguma alma bondosa tenha ensinado o real significado dessa palavra ao dono da comunidade.
Ah, só para esclarecer...
Literal Li.te.ral adj (lat litterale)1 Que acompanha rigorosamente a letra dos textos; que atende com rigor à seqüência natural e imediata das palavras e frases: Tradução literal. 2 Rigoroso, formal. 3 Restrito. 4 Claro, evidente, terminante. 5 Álg Diz-se das quantidades expressas por letras: Quantidades literais.

terça-feira, 15 de abril de 2008

'De tudo que tento, ainda não cheguei ao que quero. Se é que quero.'